segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para quem tem fluência em inglês o vídeo sugerido é muito bom, pois relata a experiência da professora Suzanne de Janasz, da Universidade de Mary Washington, com as ferramentas síncronas, incluindo Web conferências e os chats. Postei o vídeo em inglês pela dificuldade de se encontrar material sobre o assunto em português. Postarei aqui algumas de suas colocações:

O tópico: Interação e aprendizado experiencial.
  • Os cursos inicialmente "evoluíram" da modalidade por correspondência para cursos nos quais os alunos enviavam seus trabalhos por e-mail para serem corrigidos pelo professor, ou seja, não havia qualquer diferença.
  • O aprendizado on-line começou a se desenvolver quando os professores aceitaram o desafio de incorporar a interatividade.
  • Mas como dar aos alunos a oportunidade de interagir, de experimentar os conceitos e habilidades que são tão caras aos ambientes atuais? A interação social.
  • Um tipo de interação é a Web conferência - Todos os alunos on-line participando de forma síncrona, onde o mediador organiza as formas de interação, decidindo se em pequenos grupos, em duplas, ou qualquer outra forma de trabalho. Os alunos discutem determinada situação e obtém feedback imediato dos colegas. É um aprendizado que acontece de maneira síncrona. Em um curso sobre negociação, os alunos realmente negociam fazendo uso deste tipo de formato. Obviamente não é o mesmo que estar em uma interação face-a-face, mas os alunos podem ter uma relação mais próxima uns com os outros.
  • O aprendizado experiencial pode sim ocorrer em um ambiente on-line. O aprendizado em tempo real, feito de forma interativa, onde os assuntos são discutidos, negociações são realizadas e os indivíduos assumem diferentes papéis, tudo isso fazendo parte do objetivo do curso, é possível graças à interatividade. É quase o mesmo que estar face-a-face.
  • Outra ferramenta possível de ser utilizada é o chat, associado ao Skype, por exemplo. Pode ser utilizado para estudos de caso, para a discussão de eventos do dia-a-dia, enfim, para a discussão de questões em tempo real.
Bem, podemos concluir que o uso de uma ferramenta síncrona, como o chat, pode ser de enorme valia para se atingir determinados objetivos. Mas terá a mesma utilidade em todas as situações?
Essa é uma pergunta que deixo para vocês pensarem.
Vamos nos falando. Aguardo as sugestões de vocês.




Questões a serem consideradas...

  1. O chat como gênero discursivo
  2. Interação e tecnologia
  3. A perspectiva da análise da conversa
  4. Questões pedagógicas a serem consideradas no uso do chat como ferramenta de aprendizado
  5. Usos do chat na EaD - prós e contras.

A questão do chat como espaço discursivo

O chat, seja ele institucional ou não, é uma modalidade de gênero digital que tem como principal característica a sincronia, considerando-se que a interação acontece em tempo real. Este organiza-se em turnos comunicativos e, de forma geral, apresenta uma linguagem mais próxima à oralidade, o que observa-se mesmo em chats educacionais. Contudo, como afirma Marcuschi (2005), muitas vezes os turnos não se apresentam em uma seqüência encadeada devido a determinados aspectos técnicos, como, por exemplo, a demora na transmissão dos dados. Desta forma, há a possibilidade de um participante enviar sua contribuição mais de uma vez antes que um outro envie sua resposta. Apesar da sincronia, é importante resguardar diferenças fundamentais entre a conversa cotidiana e o chat pois, apesar da simulação de conversa, o chat continua sendo um híbrido de fala e escrita.